Dia desses usei o transporte público e não teve como passar despercebido que todos os passageiros estavam usando seu celular. Todos menos Eu que vos fala!
Retirei meu livro para ler, mas confesso que me senti meio que vindo de outra dimensão e não fazendo parte deste sistema. Insisti com a leitura mas a pessoa do meu lado estava com o volume tão alto que ainda se prezava ao papel de cantar e a mexer seu corpo que admito serviu de gracejo a alguns. Ela tava nem aí.
E nesta de Tô nem aí….. Tô nem aí… fiquei com poucas opções e decidi interromper a leitura temporariamente. Agora sim vou analisar a todos, mas todos pareciam tão iguais …. olhando para seus celulares. Uns riam outros assistiam a algum filme e outros passavam seus dedos tão rapidamente que acreditava ser uma leitura dinâmica. E o que era realmente? Era o Vilão do filme do 007 em “007 e o terrível Dr. Tik Tok”
Chegou minha estação e desci mas tirei a tarde para refletir no ocorrido. No mesmo dia minha sobrinha apresentou uma coreografia que ela fez com seu marido no Tik Tok e mesmo sabendo que em mim é latente o não julgamento, prefiro dizer que “sem comentários” e tudo isso no mesmo dia.
E cheguei a três conclusões destes episódios.
- O Tik Tok apresenta o narcisismo monetizado
- Informação rápida mas geralmente com a exposição da intimidade alheia.
- Discutem-se sobre tudo, mas nem todos tem autoridade no assunto.
Agora por minha conta e risco!
” Quanto mais virtual mais se acentuam os problemas sociais “
E o que isso pode acarretar em nossa psique?
Pode-se desenvolver sintomas de ansiedade, culpa, depressão, baixa auto estima, ciúmes, e sobre carga de informação
O Brasil é o segundo país que mais faz uso desta rede social e o brasileiro passa cerca de 5,4 horas por dia consumindo muito do que é do outros.
Claro que usado com parcimônia pode ser dentre outras coisas uma forma de entretenimento mas parcimônia é o que o brasileiro precisa desenvolver de forma considerável.